A Encruzilhada do Sistema de Saúde
No artigo anterior, abordei a encruzilhada da sociedade e do governo. Hoje, foco em um tema crítico: a encruzilhada do sistema de saúde.
Milhares de pessoas clamam por cuidados, especialmente os profissionais da saúde e aqueles que enfrentaram a doença na família ou em pessoas próximas. Embora o índice de cura seja significativo, existem casos em que os recursos físicos, emocionais ou estruturais não são suficientes.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 13 de março de 2021, foram registrados 11.439.558 casos e 277.102 óbitos no Brasil, resultando em um índice de letalidade de 2,4%.
Mas, afinal, o que podemos fazer para conter o avanço dessa doença?
Embora as possibilidades sejam muitas, destaco três importantes frentes de atuação.
1. Os Profissionais da Saúde
Os relatos sobre as condições dos ambientes hospitalares e postos de saúde são alarmantes. A velocidade do avanço da doença, a falta de recursos e o esgotamento físico e mental dos profissionais de saúde compõem um cenário desafiador.
Os plantões são estendidos para atender à alta demanda, enquanto muitos colegas ficam impossibilitados de trabalhar devido ao esgotamento ou à própria doença. Todo ser humano tem limites, e esses profissionais enfrentam uma verdadeira batalha diária contra um inimigo invisível.
Além do risco constante de contaminação, esses heróis vivenciam o impacto emocional de tratar pacientes enquanto lidam com casos da doença em suas próprias famílias. A curva de aprendizagem na medicina tem sido constante, já que as variantes do vírus apresentam novos sintomas e comportamentos.
Apesar dos desafios, os profissionais da saúde continuam clamando por mais recursos humanos, estruturais e tecnológicos, além de enfatizarem a importância da prevenção para evitar o contágio e reduzir as internações.
2. A Comunidade
A sociedade também desempenha um papel crucial. Enquanto muitos seguem as medidas preventivas, há aqueles que negam a gravidade da situação, ignoram as orientações e até desrespeitam o próximo.
O uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social são atitudes simples, mas eficazes, para proteger a si mesmo e aos outros. Infelizmente, a negligência de alguns coloca toda a comunidade em risco, aumentando o número de contágios e internações.
É preciso conscientizar, educar e reforçar a importância da colaboração de todos para que possamos superar essa crise.
3. O Governo
A vacinação é a principal ferramenta para combater a pandemia, mas enfrenta desafios de escala e produção. Cabe ao governo garantir os recursos necessários para pesquisas, produção e distribuição das vacinas, além de melhorar as condições estruturais e tecnológicas do sistema de saúde.
A pergunta permanece: quanto tempo será necessário para vacinar toda a população?
Enquanto isso, a prevenção continua sendo o caminho mais eficaz e acessível para proteger a sociedade. Políticos eleitos têm o dever de representar a população com respeito e agir em prol do bem comum, priorizando ações que salvem vidas e promovam a recuperação econômica.
Um Caso Pessoal
Eu vivenciei essa realidade de perto. Um familiar contraiu a doença, exigindo cuidados constantes e visitas a ambientes hospitalares, o que aumentou significativamente os riscos para todos ao redor.
Com amor e responsabilidade, adotei medidas rigorosas para proteger a mim e à minha família. Compartilho algumas das práticas que segui:
- Uso de máscara dupla (tecido e externa plástica);
- Separação dos objetos usados pelo paciente;
- Manutenção de ambientes ventilados;
- Higienização constante das mãos;
- Banhos e trocas de roupa frequentes;
- Alimentação saudável e hidratação (incluindo água com limão);
- Exercícios físicos regulares;
- Sono adequado e momentos de oração e fé.
Felizmente, meu teste deu negativo, mas essa experiência reforçou a importância da prevenção e do cuidado.
Atitudes e Resultados
Diante dos desafios que enfrentamos, cabe a cada um de nós refletir e agir. Confio nos profissionais da saúde que, acima de tudo, respeitam o juramento de sua profissão. Recomendo que todos busquem orientação de médicos confiáveis e sigam suas recomendações.
A disciplina, o respeito e a solidariedade são nossas maiores armas neste momento difícil. A pandemia nos colocou diante de desafios imensos, mas acredito que, com união e responsabilidade, superaremos essa crise.
Que Deus proteja os profissionais da linha de frente e ilumine aqueles que trabalham para encontrar soluções. A tempestade vai passar – e juntos, sairemos mais fortes.
2 Comentários
Parabéns e obrigada por tudo!
Devemos sim elogiar os profissionais da saúde pelo trabalho incansável nos cuidados da população.
Cuidem-se! Isto é sinal de amor.
Família é o que importa. Carinho e dedicação são soluções que não precisam de receita e igualmente necessárias. Feliz por sua recuperação. bjs